domingo, 22 de julho de 2007

Equilíbrio metaestável

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domingo, 15 de julho de 2007

Modelo de carta

Você consegue imaginar uma carta de recomendação mais eficiente que essa?

"Eu conheço dois grandes homens, e você é um deles; o outro é esse rapaz."
Charles Batchelor, em carta a Thomas Edison recomendando seu ex-funcionário, o jovem Nikola Tesla.

Na próxima inscrição pra bolsa você já sabe o que pedir para seu ex-orientador de doutorado (supondo que vocês ainda se falem).

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Blogging heads

Então, descobri esse site do blogging heads via post do Sean Carroll. Ele foi entrevistado por George Johnson, um sujeito de fala agradável, para a série de podcastings sobre ciência chamada Science Saturdays. Em geral os participantes dessa série são John Horgan (ex-editor da Nature e autor do polêmico "O fim da ciência") e o próprio Johnson, mas eventualmente convidam alguma personalidade científica (Sean Carrol, David Chalmers, etc).

Fuçando edições anteriores acho que descobri um tesouro, algo para assistir nas horas vagas ou gravar no meu toca-mp3 e ouvir enquanto vou ao trabalho. Esses dois cinquentões, super experientes e antenados, se sentam ao computador, conectam-se via webconference e começam a conversar sobre uma pauta, providencialmente vaga, que envolve questões científicas recentes. Aí já viu, a chance de aparecerem abobrinhas divertidas é grande: 'não concordo, uma torradeira pode até ser consciente...mas uma rocha...de jeito nenhum!', ou então 'esse meu headset parece aqueles dos Borgs em Star Trek'. Mas a maior parte das vezes a conversa é muito inteligente, com muitas dicas interessantes sobre o que é quente na área de divulgação científica (science writing). Recomendo!

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sábado, 14 de julho de 2007

The Fisher files

Via Cosmic Variance fico sabendo de um podcasting interessante feito por um professor do MIT, Peter Fisher. Em seus Fisher Files o professor dá dicas de como é, ou como deveria ser, o dia-a-dia de um acadêmico.

Na primeira série ele apresenta um sistema de organização bastante avançado, baseado nos ensinamentos de David Allen, autor do best-seller Getting Things Done (saiu no Brasil como A arte de fazer acontecer). Em suma, é proposto que tenhamos sempre à mão "baldes", ou cestas, para descarregarmos aquelas preocupações ou pensamentos recorrentes. Pode ser um palm top, notebooks ou simples papeizinhos mesmo. Depois é necessário esvaziar esses baldes semanalmente, e ver o que se pode tirar de útil deles, eventualmente colocando em listas de afazeres. Essas listas, por sua vez, deverão ser baseadas em contexto, e não em ordem cronológica. Por exemplo, o que fazer quando você estiver no computador, ou em casa, ou no super. Essa abordagem torna as listas mais resistentes às (muito comuns...) mudanças repentinas de agenda. Outra dica interessante é sobre projetos: qualquer projeto digno desse nome precisa ter muito bem esclarecida qual a última tarefa a ser feita para que se possa dizer "pronto, acabei!".

Estou achando interessante, ainda faltam alguns podcastings para ouvir, mas são conselhos bastante práticos. Em sua apresentação Fisher diz que está se dirigindo a pós-graduandos sêniores, pós-docs e professores em começo de carreira. Ele está certo, é quando a gente mais precisa de organização!

Na segunda série ele já entra mais na linha tradicional de blogs, falando das realizações e frustrações de um professor. No link que achei no CV ele faz uma digressão sobre a "síndrome do impostor", na qual o acadêmico pensa que não pertence aquele grupo de pessoas super-espertas.
No próximo falará sobre arranjar empregos depois do PhD.

É muito interessante o que ele está fazendo, principalmente porque se trata de um professor do conceituadíssimo MIT: com certeza ele tem condições de ter algo a dizer sobre o que é necessário fazer para ter sucesso na academia.

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domingo, 8 de julho de 2007

Presságio

O EPS High Energy and Particle Physics Prize é mais que um prestigioso prêmio científico, é também um excelente presságio sobre quem será o próximo prêmio Nobel em Física. Obviamente é só uma tendência, mas vejam só as coinciências:
  • D.J. Gross, H. David Politzer, F. Wilczek (EPS Prize em 2003, Nobel Prize em 2004);
  • G. 't Hooft (EPS prize em 1999),M. Veltman (EPS prize em 1993). Ambos dividiram o prêmio Nobel de 1999;
Ou seja, pelo menos nesses casos houve um intervalo de, no máximo, um ano entre o EPS e o Nobel.

Este ano os ganhadores do EPS foram Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa pela "proposta de um mecanismo para violação CP no modelo padrão, predizendo a existência de uma terceira família de quarks". O artigo em que o mecanismo é proposto é o terceiro mais citado em todos os tempos de acordo como Spires. A wikipedia tem um excelente artigo, bastante acessível, sobre os principais conceitos envolvidos na violação CP.

Nicola Cabibbo, da matriz Cabibbo-Kobayashi-Maskawa, já havia recebido o prêmio em 1991. Ou seja, se tivesse que apostar uma coca-cola no próximo Nobel, apostaria (mais uma vez...) nesses três. Eles estão caindo de maduro. Fica aqui registrado meu chute.

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quinta-feira, 5 de julho de 2007

Quem?


Preciso admitir que não havia ouvido falar antes desse Doctor Who. Apesar de ser ficção científica, a série não emplacou por aqui. É uma instituição na Grã-Bretanha e esteve no ar por 26 anos (1963-1989), pela excelente BBC. Doctor Who é um viajante no tempo, sempre em companhia de um ou mais ajudantes (em geral mulheres atraentes), cuja missão é proteger a história daqueles que querem modificá-la. Também resolvem injustiças e problemas em geral.

Mas isto não é importante. O importante é que um conhecido ator, John Barrowman, que participou de um episódio recente da série (ela foi relançada em 2005) visitou o LHC. Aí já viram: viajante do tempo, que utiliza uma máquina chamada TARDIS (Time And Relative Dimension(s) In Space, imagem ao lado), visita o maior acelerador de partículas do mundo, capaz de produzir evidências de que não vivemos em apenas quatro dimensões. Atraiu todas as atenções.

Você pode achar um webcast da visita do ator aqui ou no cernpodcast. Legalzinho. É interessante este tipo de iniciativa, tentar levar para o público toda a excitação que antecede a tomada de dados no LHC. E também diz para onde os milhões de libras estão indo.

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domingo, 1 de julho de 2007

Maravilha científica

O caderno Mais! da Folha de São Paulo está realizando uma enquete eletrônica para eleger as Sete Maravilhas da Cultura, no estilo da enquete das Sete Maravilhas do Mundo da qual participa o Cristo Redentor. As categorias são cidades, cinema, web, literatura, filosofia, ciência e arte. Muito interessante, apesar do método utilizado, sabida e ironicamente, não ser científico.

Na seção de ciência o responsável pelas opções foi o físico Pinguelli Rosa. Votei, talvez mais por corporativismo, não sei, na opção "teoria da relatividade e mecânica quântica". Quem está vencendo, no entanto, é a "descoberta da estrutura molecular do DNA". Bom, pelo menos o Francis Crick era físico...

Vota lá.

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